quarta-feira, 30 de abril de 2008

Correntes em Vermelho

E daqueles sonhos soltos de que já havia se esquecido veio à mente um em especial. Vermelho sangue - brilhando, escorrendo. Ela o limpava, fazendo tudo aquilo se ir. Mas agora era diferente. O sangue agora provocado por quem antes o limpava. Mas o prazer existia, resistia. Estava vivo, ali. Eram toques sem ritmo que a enlouquecia, com toda aquela vibração... Aquelas mãos... Doces, selvagens. E, no final, acabava apenas para uma.
- Fique. - A outra implorava.
- Já disse que não me exijas nada.
- Quando voltarás? Voltarás, não é, meu amor?
Mas ela já havia se retirado dali. De corpo inteiro, talvez não de alma. Sempre a desejaria, àquela moça. Mas o uso de correntes nunca a agradara.
E, no chão, a flor murchava, derrotada.

3 comentários:

O Profeta disse...

Na água tudo se perde
Lavas do rosto a desventura
Uma lágrima é simples gota
Perdida do mar da ternura


Bom feriado


Doce beijo

Anônimo disse...

Uau! Sexo selvagem? =)

Beijocas.

La Maya disse...

Mas é que o amor é os dois... ora doce e suave, ora amargo e árido como a mais crua das formas geométricas....

"Uau!" ao quadrado... que correntes vermelhas são essas hein!

Beijos!