domingo, 11 de janeiro de 2009

Levanta com uma das mãos a garrafa de vinho,
os sorrisos radiantes reluzindo,
e é aos poucos que o vai derramando pelo corpo da outra,
provocando-lhe um arrepio,
sentindo-lhe o toque cheio de delicadeza,
os dedos percorrendo-lhe os lábios e arrastando-se pelo pescoço,
pelos seios excitados,
pela cintura,
as alegrias ecoando pela imensidão do quarto,
os corpos seminus somente cobertos por sedas transparentes a se roçar.

Os beijos inundados pelo vermelho do álcool,
os corpos em uma comunhão impossível,
os peitos de ar escasso que se encontravam de um movimento a outro,
os cabelos molhados, caídos.

A língua em passeio pelo corpo branco a vibrar.

Os sons já em outro tom,
as mãos molhadas pelo líquido a escorrer pelas pernas,
as massagens nos corpos agora deitados sobre a cama de mogno rústico forrada de lençóis vermelhos,
as velas.

Os suspiros,
os sussurros,
frenesis.

A loucura.

Os beijos percorrendo toda a pele,
as mãos a explorá-la por dentro.

Os gemidos não se conseguindo mais sufocar, os sentires,
os ventres em encaixe.

Eu te amo.

3 comentários:

Bárbara Lemos disse...

Eroticamente sublime. De uma beleza que tem uma assinatura única, a sua.

Não sabia que o clima aqui também estava cheio de tesão vivo. Se bem que lá pelos meus mares, as coisas andam em crise... talvez por causa do dia. rs

Obrigada pelo carinho, viu?
Você é especial, sempre.

Beijo meu.

Anônimo disse...

Acompanha o meu blog, por favor.

L.

Luci disse...

Lindo...